terça-feira, 4 de março de 2014

Referência global em tecnologia - Helder de Madeiros Eloy

04 de Março de 2014

 Criador do Taxímetro, revela ao PBAgora detalhes de seu invento

Referência global em tecnologia criador do Taxímetro, revela ao  PBAgora detalhes de seu invento
 Referência global em tecnologia, o diretor de operações da HP na América Latina Helder de Madeiros Eloy, concedeu entrevista exclusiva ao PBAgora onde falou de sua paixão pela tecnologia e de seus inventos. Criador do Taxímetro, Helder de Madeiros Eloy, integra o seleto grupo de campinenses que se destacaram mundo afora, nas mais diversas áreas, superaram os desafios e alcançaram o sucesso.

Na entrevista, ele revelou que é um apaixonado por tecnologia e pelas possibilidades que ela lhe proporciona. O “mago da tecnologia” se definiu como um curioso” por natureza e entusiasta da criatividade das pessoas. Segundo ele, essas são características de quem realmente faz a diferença no mundo, independente do poder econômico.

Como um inventor nato, Helder  que é natural de Campina Grande, mas reside nos Estados Unidos, disse que sempre foi uma pessoa muito curiosa, e ao longo de sua carreira, teve um verdadeiro fascínio por entender a lógica das coisas. Sua busca é em entender como as coisas foram desenvolvidas, os “truques” tecnológicos usados para que algo funcione. Para ele, sempre existem ideias brilhantes nas coisas mais simples que lidamos e não prestamos a devida atenção muitas vezes.

“O meu desejo de criar algo tem sempre a ver com a simplificação da vida das pessoas, de uma tarefa, de um processo. Estou sempre observando as coisas em volta e buscando oportunidades de melhoras. Tenho por exemplo lembrança de ter sugerido ao Detran de Campina Grande para mudar a direção de uma pequena rua para poder melhorar o tráfego em geral. Só de observar aquele transito fiquei pensando. Isso para ilustrar como minha mente funciona. Daí aplicar tecnologia para fazer as coisas melhorarem, é com um sonho. O meu fascínio por automação vem exatamente disso”, revelou.

Ele revelou detalhes sobre o Taxímetro. Na realidade o invento, segundo Helder, foi algo criado muitos anos antes para se poder medir deslocamento e tempo parado aplicando-se uma tarifa: bandeira 1, bandeira 2 e hora parada.

O problema a ser resolvido segundo ele, era que o motorista perdia muito tempo para aferir, tinha o processo de erros e desgastes mecânicos e ainda por cima um processo inflacionário que obrigava aferições recorrentes. O Digitax (nome da empresa) veio para resolver todos esses problemas, pois aplicou tecnologia digital com microprocessadores a um processo relativamente simples mas de altíssimo custo de operação.

“O Digitax criou o padrão de taxímetros como conhecemos hoje no Brasil, pois o modelo de “Utilidade” criado por nós (com o meu sócio François Carlier) virou referência nacional. Toda vez que você entrar em um Taxi no Brasil pode se lembrar que fomos nós os pioneiros dessa tecnologia no Brasil” contou.

Segundo ele, o acesso ao conhecimento é o elemento fundamental para a transformação de ideias em realidade. “Por que nós tínhamos acesso a esse tipo de tecnologia? Pela Universidade Federal de Campina Grande que sempre esteve na vanguarda das novas tecnologias. Com base nisso, muito treinamento e dedicação tenho investido toda a minha vida profissional em algo relacionado a automação de processos e de máquinas. Foram inúmeras as invenções que liderei e ou participei diretamente e que transformaram e ainda transformam os ambientes de trabalho como conhecemos” detalhou.

No entendimento do inventor, “o ser humano é muito mais capaz do que pode imaginar. Manter qualquer pessoa fazendo um trabalho repetitivo e que potencialmente pode ser substituído por uma máquina ou uma simplificação de processo é um desperdício de tempo e de qualidade. “Imagine por exemplo o tempo que levamos para ler algo e entender. Se pudéssemos transferir isso diretamente aos nossos cérebros sem ter que virar uma página ou mover os olhos, isso seria fantástico. Pois existem muitas tentativas já nesse sentido de leitura ultra dinâmica aonde você olha para um ponto fixo e as palavras voam literalmente na sua frente. Daí você começa a entender as coisas sem mesmo traduzir as palavras” observou.

Para Helder de Madeiros Eloy, o cérebro humano é ilimitado e que se não usamos a tecnologia para ir substituindo coisas básicas e até sofisticadas que fazemos, mas que não usam nada do nosso cérebro, não avançaremos para um futuro ainda melhor. Inventar as coisas, ter boas ideias é fundamental na vida de qualquer sociedade, segundo o conceito de Helder. Ele garante que fazer ideias funcionar é realmente a parte complicada e que no final pode provocar a perda de grandes ideias. “Se você tem uma boa ideia procureestudar muito mais, fundamentar muito mais as consequências do que você imaginou e se educar ou se rodear de pessoas capazes” deu a fórmula.

Ele também falou de sua parceria com o engenheiro François. Segundo Helder, além de ser um excelente engenheiro eletrônico, ele tinha os atributos mecânicos. Nesse sentido,os dois dividiram bem os meus conhecimentos de Microprocessadores com os dele de mecânica. “Tivemos que montar vários protótipos, testar incansavelmente, escutar muitos “não é possível” e seguir lutando. O detalhe importante é que ele teve que criar mais de 5 mil protótipos do seu primeiro aspirador para que ele virasse um produto. Isso mesmo, exatamente 5127 protótipos. Quantas invenções morreram por falta de persistência? E também por falta de estrutura? Então meu conselho é simples: Pensar e ter boas ideias é algo que é de graça, mas a transformação de ideias em realidade custa muito tempo, trabalho e dedicação. Acima de tudo o desejo de melhorar a vida das pessoas. Acho que isso é o que te coloca na vanguarda da criação, da invenção. Observe esse atributo comum nas pessoas e empresas que se dedicam a isso” afirmou. PBAgora

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