06/08/15 - 08h00
... E o vento levou...

Texto escrito por José de Souza Castro:
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou na última segunda-feira, 3 de agosto, o Plano de Energia Limpa. O objetivo é combater o aquecimento global. Um dos pontos mais controvertidos do plano, que corre o risco de ser barrado no judiciário, é a meta de reduzir em 32%, até o ano 2030, em relação aos níveis de 2005, a emissão de carbono pelas termoelétricas movidas a carvão.
A oposição ao plano de Obama é liderada pelos republicanos, que têm maioria no Congresso dos Estados Unidos e pelo lobby da indústria de carvão. “The New York Times” informou que pelo menos 25 Estados deverão entrar com ação coletiva contra o plano. A indústria tradicional norte-americana tem sua principal matriz energética baseada no carvão. Os opositores dizem que os pobres serão os mais prejudicados e que o plano causaria o fechamento de centenas de usinas.
Mas Obama argumenta que as críticas são repetitivas e que “toda vez que os EUA fazem progresso fazem a despeito dessas críticas”. Para ele, o aquecimento global, negado por muitos, “não é opinião, é fato”. Diz que o plano trará melhoras na saúde da população e criará empregos. E incentiva o uso de energias alternativas, como a solar e a eólica.
Faltando um ano para as eleições presidenciais e quatro meses para a cúpula global sobre o clima, a ser realizada em dezembro, Obama tenta recuperar o tempo perdido em quase sete anos de governo.
Há um mês e pouco, durante visita da presidente brasileira aos Estados Unidos, Obama e Dilma Rousseff anunciaram um plano conjunto que não convenceu aos especialistas, que apontam que o Brasil não tem metas para cortar gases que provocam o efeito estufa.
Mas o Brasil está entre os que menos preocupam, em relação ao aquecimento global. Além de uma extensa área de matas e florestas, o país tem sua matriz energética baseada em fontes não poluentes, sobretudo a hídrica, como demonstra o quadro abaixo:

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